Porra! Finalmente! E aí você chega em casa, feliz, no começo da madrugada, trocando as pernas, meio sem rumo, tentando se recobrar e se lembrar de todas as palavras ditas duas horas atrás. Lógico que não se lembra de tudo, mas de tudo que ainda lembra agrada. Sorri. De novo diga-se. Nem tenta disfarçar o
Porra! Finalmente!
E aí você chega em casa, feliz, no começo da madrugada, trocando as pernas, meio sem rumo, tentando se recobrar e se lembrar de todas as palavras ditas duas horas atrás.
Lógico que não se lembra de tudo, mas de tudo que ainda lembra agrada.
Sorri.
De novo diga-se. Nem tenta disfarçar o sorriso.
Chega a se assustar, por ter tanto em tão pouco tempo.
Ou com o pouco tempo em que não tinha tanto.
Sabe-se lá.
Em uma hora dessas aparecem confusões na cabeça que já não faz muita força em funcionar perfeitamente.
Apenas os perfumes, palavras e olhares aparecem na memória de forma clara.
Nítida até.
Ainda tonto, joga as chaves, carteira e moedas na mesa de jantar.
A roupa amarrotada arremessada ao chão e os arranhões espalhados pelo corpo denunciam algo mais.
Não consegue deixar de mostrar os dentes.
Gravata na mão e pernas ainda bambas.
Cheiros misturados e ainda espalhados pelo corpo.
Deixa-se levar pela falta de perspectiva e pelo novo.
Porra, finalmente!
Algemas jogadas fora, peito aberto e cabeça erguida.
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