Meu já antigo e insistente pessimismo é o meu amarrotado terno negro. Aquele que só indo ao lixo para ser trocado por outro de cores berrantes. Um dia, quem sabe. Não saberia hoje determinar a origem do que produzo. Apenas escrevo e perpetuo meu pensamento na esperança de que alguém, algum dia, em algum lugar
Meu já antigo e insistente pessimismo é o meu amarrotado terno negro.
Aquele que só indo ao lixo para ser trocado por outro de cores berrantes.
Um dia, quem sabe.
Não saberia hoje determinar a origem do que produzo.
Apenas escrevo e perpetuo meu pensamento na esperança de que alguém, algum dia, em algum lugar se identifique com ele e pense:
“Não sou o único!”.
O par de asas criado a partir de várias ideias isoladas designa o quão longe se pode ir e sem nunca pensar na viagem de volta.
Se isso tudo é verdade ou não, cabe apenas ao escritor saber.
E cabe somente ao leitor interpretar e seguir na proa desta viagem.
Viagem esta que muitas vezes é feita na velocidade de um caça supersônico.
E em outros na calmaria reinante de uma jangada.
Mesmo assim observo que o ponto final tem sido meu amigo, ainda que em momentos difíceis o costume trocar por vírgulas infindáveis.
Ao tentar abrir estas portas que sei que estão por aqui em algum lugar, descem cascatas de raciocínios infundados e contraditórias constatações.
Mas como também disse certa vez José Castello:
“A literatura surge do luto, do buraco existente nas nossas emoções”.
E este terno negro nunca voltará ao guarda roupas.
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