Nos siga também no Facebook e no Instagram!
Um café cowboy e fumegante como primeiro ato.
Um beijo consolador em seguida para apaziguar o efeito do pesado noticiário matutino e uma fatia de bolo de laranja, daqueles de padaria, pra descer com o remédio para pressão.
Daí, sem pressa alguma, nos olhamos e nos admiramos.
Um leve sorriso de canto de boca. Em ambas as bocas.
Daqueles que nada verbalizam, mas tudo dizem e assim vamos construindo nossa nova realidade. A nossa bossa.
E ditamos nosso tempo e as poucas incumbências. Sem pesos ou mesmo cobranças.
A gataria ao nosso redor ronrona e pede pela sua primeira refeição do dia.
Eles se esfregam e atravessam nossas pernas sem receio de serem pisados.
Eles enfatizam o ritmo que eles escolheram para a casa e que hoje aprendemos a seguir.
Nestas manhãs as primeiras risadas aparecem conforme as remelas se desfazem.
E nem todo caos que começa a se instalar lá embaixo nos afeta ou mesmo nos influencia.
Na nossa muralha só passa aquilo que deixamos.
Há também o friozinho que nos atrai de volta pra cama sempre acompanhado do delicioso sexo que nunca faltou.
Os cheiros se misturam e se completam. Inebriam e extasiam.
Nestas manhãs o tempo passa diferente.
E isso tudo acontece quando estamos juntos.
Quando a agenda não nos engole.
Quando mantemos à distância quem queremos distantes.
No relógio da sala marca 09:03 da manhã desde que nos mudamos e nem sei onde guardei as pilhas já usadas.
E não nos faz falta. Não mesmo.
As marcas da noite passada estampadas nos travesseiros amassados e nos cabelos desgrenhados.
Na preguiça e na vontade de fazer apenas aquilo que desejamos.
Hábito ou rotina?
Deixe seu comentário
Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *